Trabalho de Conclusão de Curso

O aleitamento materno é amplamente reconhecido como a forma mais eficaz de nutrição na primeira infância, trazendo benefícios para a saúde da mãe e do bebê. Apesar das recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a prática do aleitamento materno exclusivo (AME) ainda enfrenta desafios importantes, especialmente no puerpério mediato. Dessa forma, a presente pesquisa teve como objetivo geral compreender as dificuldades e facilidades vivenciadas por mulheres em puerpério mediato, internadas em uma maternidade de referência no Alto Vale do Itajaí, no que se refere ao aleitamento materno. Os objetivos específicos foram: caracterizar o perfil das puérperas em período mediato internadas em uma maternidade de referência; conhecer as fontes de orientação recebidas pelas mulheres em puerpério mediato sobre o aleitamento materno além de identificar as dificuldades e facilidades relacionadas ao aleitamento materno vivenciadas pelas mulheres no puerpério mediato e ainda identificar a rede de apoio percebida pelas mulheres no puerpério mediato. Trata-se de um estudo de abordagem qualitativa, descritiva e exploratória. Para atingir os objetivos propostos, foram realizadas entrevistas semiestruturadas com 30 puérperas no período do puerpério mediato, internadas na maternidade, utilizando-se um roteiro elaborado no formato online (Google Forms), contendo perguntas abertas e fechadas. Os dados coletados foram analisados segundo a técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin, relacionado também com a Teoria do Cuidado Transpessoal de Jean Watson, gerando três categorias nomeadas conforme os objetivos da pesquisa. A primeira categoria intitulada "Fontes de orientação recebidas pelas mulheres sobre o aleitamento materno", revelou que, embora as puérperas reconheçam a importância da amamentação, ainda existem fragilidades nas orientações durante o pré-natal, o que as leva a buscar informações em familiares e mídias digitais. No entanto, a atuação da equipe hospitalar mostrou-se essencial para o incentivo e apoio ao aleitamento materno. A segunda categoria, "Vivência das dificuldades e facilidades relacionadas ao aleitamento materno", destacou-se que as mulheres enfrentam desafios como dor, pega incorreta e insegurança, mas contam com fatores facilitadores como a experiência prévia, o vínculo afetivo com o bebê e o apoio emocional recebido, o que favorece a continuidade da amamentação. Por fim, na última categoria intitulada "Rede de apoio percebida pelas mulheres no puerpério mediato" evidenciou-se a importância do suporte familiar, especialmente do cônjuge, principalmente na execução das atividades relacionadas ao bebê. Diante dos resultados, percebeu-se que a adesão ao aleitamento materno depende não apenas da vontade da mãe, mas também do suporte familiar e das orientações dos profissionais de saúde. Estudos como este reforçam o papel da enfermagem na promoção de um cuidado humanizado e integral, contribuindo para o empoderamento materno e para o alcance das metas de incentivo ao aleitamento materno exclusivo.