Detalhes do Trabalho

CÂNCER DE PELE: medidas de prevenção entre agricultores

Trabalho de Conclusão de Curso

Semestre:  2/2025
Autor: Morgana Hillesheim
Orientador: Heloisa Pereira De Jesus
Coordenador: Rosimeri Geremias Farias
Curso: EFM - Enfermagem
Resumo: 

A exposição prolongada à radiação ultravioleta (RUV), constitui o principal fator de risco para o desenvolvimento de mutações no ácido desoxirribonucleico (DNA) e alterações no sistema imunológico da pele, favorecendo o surgimento de neoplasias cutâneas. Fatores como o tempo de exposição solar, ausência de proteção adequada, fototipo claro e clima tropical aumentam significativamente a vulnerabilidade dos trabalhadores rurais. O câncer de pele, considerado o tipo mais frequente no Brasil, representa um grave problema de saúde pública, especialmente entre agricultores, cuja rotina laboral envolve longos períodos sob o sol e condições ambientais adversas. O objetivo geral desta pesquisa é analisar as medidas adotadas para a prevenção contra o câncer de pele em agricultores. Tem como objetivos específicos identificar o nível de conhecimento dos agricultores sobre os fatores de risco, sinais e sintomas do câncer de pele, além de, investigar se os trabalhadores rurais reconhecem os métodos de diagnóstico e tratamento disponíveis e verificar quais práticas de fotoproteção são efetivamente adotadas durante a jornada de trabalho ao ar livre. Trata-se de uma pesquisa de abordagem qualitativa, do tipo exploratória e descritiva, realizada com 40 agricultores de ambos os gêneros, com idades entre 40 e 55 anos, residentes em uma comunidade rural de um município do interior de Santa Catarina. A coleta de dados foi conduzida por meio de um roteiro de entrevista, analisado segundo a técnica de Análise de Conteúdo proposta por Bardin, com fundamentação na Teoria do Autocuidado de Dorothea Orem. Os resultados apontaram que, embora os agricultores reconheçam os riscos associados à exposição solar, muitos ainda não utilizam de forma adequada as medidas de fotoproteção, seja por desconhecimento ou falta de hábito. Observou-se também, que o conhecimento sobre o câncer de pele, suas manifestações clínicas e sinais de alerta ainda é limitado, o que reforça a necessidade de intensificar o trabalho educativo no campo. Constatou-se ainda, a importância de fortalecer as ações educativas voltadas à prevenção e ao autocuidado, especialmente no âmbito da Atenção Primária à Saúde (APS), considerando o papel essencial do enfermeiro como agente promotor de saúde e mediador entre o saber científico e a realidade cotidiana da comunidade rural. Conclui-se, que o fortalecimento das estratégias de educação em saúde e o incentivo ao uso de equipamentos de proteção individual são essenciais para reduzir a incidência de câncer de pele entre trabalhadores agrícolas. Além disso, o estudo evidencia a importância do desenvolvimento de políticas públicas que garantam a continuidade das ações preventivas, promovendo a conscientização e o empoderamento dos agricultores no cuidado com a própria saúde e na construção de uma cultura de prevenção.

Palavras-chave: Cuidados de Enfermagem, Tumores de Pele, Agricultor
Data da Banca: 28/11/2025
Data de Públicação do Trabalho: 05/12/2025