Trabalho de Conclusão de Curso

As infecções do trato reprodutivo feminino são condições clínicas importantes, sendo o corrimento vaginal uma das queixas mais comuns relatadas pelas mulheres aos serviços que prestam assistência ao público feminino. A secreção da vagina é uma resposta fisiológica do sistema genital feminino, porém quando há a presença de algum processo patológico, a característica da secreção modifica-se, determinando então, o corrimento vaginal. Dentre as principais vulvovaginites, destacam-se a vaginose bacteriana, a candidíase vulvovaginal e a tricomoníase. O enfermeiro tem papel importante no controle dessas afecções, através da promoção da saúde, diagnóstico precoce e tratamento efetivo. Este estudo tem por objetivo geral verificar o conhecimento das mulheres sobre as medidas preventivas de vulvovaginites. Trata-se de uma pesquisa com abordagem qualitativa, de caráter descritivo e exploratório. Participaram da entrevista quarenta mulheres com idade entre 25 e 35 anos, que procuraram a Unidade Básica de Saúde (UBS) para atendimento de saúde em qualquer modalidade, no período de agosto de 2021. Para a coleta de dados, utilizou-se um roteiro de entrevista com perguntas abertas e fechadas, elaborado pelas autoras especificamente para este estudo. Os dados foram tratados segundo os preceitos da análise de conteúdo proposto por Bardin, à luz da teoria do autocuidado de Dorothea Orem. Foram organizadas três categorias de análise. A primeira, intitulada a visão das mulheres sobre as vulvovaginites, acomoda três subcategorias: o conhecimento acerca das vulvovaginites; os fatores de risco e os sinais e sintomas das vulvovaginites. A segunda categoria, o acesso à informação e as condutas adotadas em situação de vulvovaginite, é discutida em duas subcategorias: acesso à informação e condutas adotadas frente às vulvovaginites. A terceira categoria apresenta medidas de prevenção das vulvovaginites. Constatou-se que as mulheres identificam as características das vulvovaginites; não possuem um entendimento claro dos fatores relacionados à ocorrência dessas afecções, mas reconhecem sinais e sintomas. Buscam informações através de mídias e dos serviços de saúde, embora não seja disponibilizado muitas informações para as mulheres; têm pouco conhecimento acerca das medidas que podem ser adotadas para a prevenção de vulvovaginites, o que pode dificultar a prevenção. Considera-se necessário qualificar o atendimento de saúde para as mulheres fomentando as medidas de prevenção para vulvovaginites.