AVALIAÇÃO DA FRAGILIDADE DE IDOSOS INSTITUCIONALIZADOS
Trabalho de Conclusão de Curso
Com o aumento da expectativa de vida ocorrido nas últimas décadas em nosso país, se faz necessário a abordagem de temas envolvendo o envelhecimento populacional, dentre eles a acomodação dos idosos em instituições de longa permanência e a sua relação com a fragilidade. Fraqueza, diminuição da capacidade funcional e na capacidade de desenvolver atividades físicas, são características da fragilidade que, ocasionam perda da autonomia, maior nível de dependência. Este estudo tem como objetivo geral avaliar os fatores relacionados à fragilidade de idosos institucionalizados segundo a escala Edmonton Frail. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, descritiva e exploratória. A pesquisa foi realizada com os idosos institucionalizados em longa permanência. A coleta de dados se deu por meio da aplicação da Escala Edmonton Frail. Os dados foram tratados e agrupados segundo as variáveis do estudo: cognição, estado geral de saúde, independência funcional, suporte social, uso de medicamentos, nutrição, humor, continência e desempenho funcional. A organização do banco de dados foi feita através de uma planilha específica no Microsoft Excel. Na sequência foram realizadas análises descritivas dos dados, a partir da apuração de frequências simples e cruzadas, tanto em termos absolutos como percentuais. Os resultados foram organizados em gráficos. Foram respeitados os preceitos éticos conforme disposto na Resolução CNS 466/12. Verificou-se que os idosos institucionalizados tem índices altos de fragilidade especialmente relacionados ao desempenho cognitivo (83,63%), dependência para realizar as atividades da vida diária (78,19%), perda do controle urinário (58,18%) e capacidade para mobilidade manifestada pela dificuldade de locomoção (50,90%). O indicador geral de fragilidade entre os entrevistados aponta que 70,93 % dos homens institucionalizados e 87,29% das mulheres apresentam fragilidade severa. Conclui-se que os idosos institucionalizados têm algumas limitações para manutenção da autonomia e independência devido às rotinas da instituição e a presença constante de um cuidador formal. Entretanto, o tempo de institucionalização não é fator preditor de fragilidade visto que, alguns idosos são institucionalizados por já apresentarem fragilidade e a dinâmica familiar impedir a continuidade dos cuidados no domicílio.