MÉTODOS NÃO FARMACOLÓGICOS PARA ALÍVIO DA DOR: VIVÊNCIA DAS PUÉRPERAS
Trabalho de Conclusão de Curso
A presente pesquisa apresenta como tema central a utilização dos métodos não farmacológicos para alívio da dor no trabalho de parto. As medidas não farmacológicas promovem conforto, segurança e diminuição da dor sem malefícios para o concepto e a parturiente considerando uma das principais metas do cuidado à mulher, porém, muitas parturientes desconhecem seus benefícios e finalidade. O objetivo da presente pesquisa busca conhecer o relato de experiência das puérperas primíparas no pós-parto sobre o uso dos métodos não farmacológicos para alívio da dor. Quanto à metodologia, este é baseado em um estudo descritivo, exploratório, com abordagem quanti-qualitativa, realizado nas dependências da unidade Clínica Obstétrica de um Hospital Geral localizado no Alto Vale do Itajaí, no estado de Santa Catarina, Brasil. A metodologia foi realizada em 5 fases: fase 1 - aprovação do projeto no Comitê de Ética em Pesquisa; fase 2 - validação do instrumento de coleta de dados; fase 3 - convite para as sujeitas de pesquisa; fase 4 - coleta de dados e fase 5 - análise dos dados. Resultado: O presente estudo revelou que 68,6% das puérperas nunca foram orientadas durante o pré-natal sobre os métodos não farmacológicos para alívio da dor; 54,2% conheciam o conceito/benefícios dos métodos por outras fontes, destas, metade buscaram na internet e as demais lendo ou conversando com outras mulheres e 45,8% relataram desconhecer estas práticas. Quando questionadas da oferta na hora do parto de MNF na instituição estudada, 88,6% receberam as técnicas, chuveiro, bola, massagem, caminhada, entre outros, porém não sabiam que se tratavam de MNF e qual a finalidade do uso. Observa-se ainda, que as técnicas mais aplicadas e orientadas pela equipe durante o processo de trabalho de parto é a técnica banho de chuveiro apresentando 88,6% e bola suíça com 82,9%, visto que a pesquisa abrange 8 métodos diferentes, relatando a baixa aplicabilidade dos demais, métodos estes presentes na unidade, considerado simples e sem necessidade de recursos para sua realização. Conclusão: É preciso enfatizar que as técnicas não farmacológicas contribuem com a qualidade do cuidado à mulher nos estágios do trabalho de parto, respeitando a individualidade e autonomia, sendo possível resgatar o processo fisiológico da parturição, objetivando a prática do cuidado humanizado. É essencial que essas orientações sejam fornecidas durante o pré-natal, são práticas que aumentam a qualidade da assistência durante o período gravídico-puerperal e estão associadas a melhores desfechos perinatais.