Detalhes do Trabalho

MÉTODOS CONTRACEPTIVOS NO SUS: A AUTONOMIA DAS MULHERES

Trabalho de Conclusão de Curso

Semestre:  2/2021
Autor: Stéfanie Osterer
Orientador: Heloisa Pereira De Jesus
Coordenador: Rosimeri Geremias Farias
Curso: EFM - Enfermagem
Resumo: 

Sabe-se que a carência de informações e conhecimentos mais amplos a respeito dos métodos contraceptivos são evidenciados diante dos discursos do dia a dia das mulheres, onde além de desconhecerem algumas classes de contracepção, não compreendem com clareza as vantagens e desvantagens dos métodos que fazem uso. A pesquisa objetivou identificar o conhecimento das mulheres relacionado aos métodos contraceptivos disponíveis pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Tratou-se de uma pesquisa transversal, descritiva que foi desenvolvida mediante uma abordagem qualitativa cujas análises foram procedidas sob a perspectiva de descrever o conhecimento das mulheres sobre os métodos contraceptivos, bem como verificar quais os métodos existentes na rede pública. Participaram da entrevista trinta mulheres com a faixa etária entre 18 a 35 anos, que buscaram atendimento no Centro de Atendimento à Mulher (CAM) do bairro Santana da cidade de Rio do Sul, para atendimento de saúde em qualquer modalidade. Na coleta de dados, utilizou-se um roteiro de entrevista com perguntas abertas, elaborado pela autora. A teoria de enfermagem utilizada foi a do autocuidado de Dorothea Elizabeth Orem. Para análise de conteúdo, foram utilizados os preceitos propostos por Bardin. Foram identificadas quatro categorias temáticas, sendo, conhecimento das mulheres frente a escolha dos métodos contraceptivos; conhecimento das mulheres frente aos métodos contraceptivos disponibilizados pelo SUS; conhecimento adquirido frente às orientações recebidas sobre os métodos contraceptivos; e o conhecimento acerca dos métodos contraceptivos: considerando as vantagens e desvantagens. Neste estudo, o método contraceptivo mais citado foi a camisinha e o anticoncepcional oral. Uma das principais razões para à escolha destes métodos de contracepção foi o desconhecimento de outras classes e as possíveis reações adversas que os mesmos podem apresentar. O que demonstra a falta de informação sobre as classes contraceptivas disponíveis e seus possíveis eventos adversos. A falta de orientação é o principal fator que interfere na escolha do método contraceptivo, pois a mulher desconhece a política do planejamento familiar, os métodos disponíveis de contracepção, seus efeitos adversos e seus benefícios. É evidente que as mulheres possuem um conhecimento limitado ao que diz respeito aos métodos contraceptivos, no entanto elas geralmente conhecem, pelo menos uma das classes e onde obtê-los, embora isso não seja uma garantia de que elas saibam ou irão usar de modo seguro e eficaz. Diante disso, é essencial que as mulheres em sua fase reprodutiva recebam, através dos serviços de saúde, mais informações a respeito dos métodos contraceptivos disponíveis pelo SUS, mediante implementação de roda de conversa para discussão em relação à temática. De modo que as mulheres possam relatar suas experiências, diminuindo, assim, suas dúvidas e a ocorrência da utilização errônea. Salienta-se que é indispensável a capacitação dos profissionais de saúde envolvidos diretamente nas atividades voltadas para o planejamento familiar, uma vez que para mulher fazer sua escolha de maneira consciente, esta necessita estar bem informada, e ter conhecimento de todos os métodos contraceptivos disponíveis, bem como a funcionalidade de cada um e suas possíveis complicações.

Palavras-chave: Métodos anticoncepcionais, Saúde da mulher, Sistema Único de Saúde (SUS)
Data da Banca: 30/11/2021
Data de Públicação do Trabalho: 16/12/2021