ADESÃO DA EQUIPE DE ENFERMAGEM FRENTE AO PROTOCOLO INSTITUCIONAL DE CIRURGIA SEGURA
Trabalho de Conclusão de Curso
A segurança do paciente nos centros cirúrgicos remete à preocupação e responsabilização da equipe de enfermagem. Para integrar uma assistência livre de danos, desde 2013 no Brasil, surgiram resoluções, portarias e protocolos que visam a segurança do paciente. O instrumento do checklist é abordado no protocolo, identificando as fases da cirurgia e como estas devem ocorrer durante os procedimentos no centro cirúrgico. A utilização de protocolos nas instituições hospitalares são ferramentas que têm por base a organização, padronização e adequações dos cuidados prestados. Diante disso, é de extrema relevância os profissionais da equipe de enfermagem, habilitados no exercício de sua função, conhecerem e utilizarem o protocolo que estabelece as ações seguras, reduzindo os riscos de eventos adversos ao paciente. Trata-se de uma pesquisa de modalidade descritiva e exploratória do tipo qualitativa. O objetivo da pesquisa é analisar a adesão da equipe de enfermagem frente ao protocolo de cirurgia segura, de um hospital da região do Alto Vale do Itajaí. Desta forma, participaram 15 profissionais, técnicos de enfermagem e enfermeiros do setor do centro cirúrgico. A coleta de dados foi realizada individualmente, por meio do roteiro de entrevista, com perguntas abertas e fechadas. A partir da análise de conteúdo de Bardin, foram organizadas quatro categorias, sendo estas: atuação de enfermagem nas fases do checklist, aplicabilidade do protocolo institucional, contribuições dos profissionais quanto ao uso do protocolo, o conhecimento e a capacitação da equipe de enfermagem. Analisou-se que existe entendimento geral das práticas exercidas no checklist, ferramenta importante na abordagem do protocolo de cirurgia segura, porém, há déficit em algumas questões pontuais perante ao uso do mesmo. Foram observadas entre as falas dos sujeitos, dificuldades entre a relação interpessoal da equipe multiprofissional, falta de profissionais e sobrecarga de trabalho, devido alta demanda de cirurgias. Além disso, observou-se que a maioria dos profissionais entendem da importância da segurança sobre o uso do protocolo, porém, há lacunas quanto aos conhecimentos dos mesmos, podendo comprometer a assistência segura. As capacitações e treinamentos ocorrem esporadicamente, tendo participante que não sabe como são organizados. Portanto, a pesquisa demonstra que existem dificuldades importantes que prejudicam a adesão completa do protocolo institucional de cirurgia segura. As discussões sobre a segurança entre os profissionais de enfermagem devem estar em constante aperfeiçoamento, identificando os cuidados e orientações que a instituição preconiza, facilitando a boa comunicação e convivência no setor.