IMPACTOS DA UTILIZAÇÃO NÃO TERAPÊUTICA DE METILFENIDATO POR ACADÊMICOS DE MEDICINA: UMA REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Artigo
Introdução: O metilfenidato é um medicamento psicoestimulante, usado principalmente para o tratamento do Transtorno de Déficit de Atenção/Hiperatividade (TDAH) e narcolepsia. Estudos evidenciam, no entanto, que universitários saudáveis usam metilfenidato para, supostamente, melhorar a concentração, o estado de alerta e o desempenho acadêmico. O medicamento mais utilizado é o cloridrato de metilfenidato; pode causar efeitos como euforia, sensação de aprimoramento neurocognitivo e aumento do foco e vigília. É um medicamento de alta chance de adicção e abuso. O uso não terapêutico tem sido uma prática em ascensão, principalmente entre os universitários, sendo os estudantes de medicina, considerados como um dos principais grupos de risco. Objetivo: Este estudo busca analisar os impactos da utilização não terapêutica do metilfenidato por acadêmicos de medicina através de uma revisão bibliográfica, tendo como foco os potenciais riscos e benefícios do uso, motivação, forma de obtenção, dependência e associações, bem como aspectos da eficácia do uso não terapêutico para melhora cognitiva. Metodologia: Esta pesquisa trata-se de uma Revisão Bibliográfica Narrativa, qualitativa, descritiva e exploratória. Foram utilizados critérios metodológicos sistemáticos e utilizadas as bases de dados PubMed, LILACS, IBECS, MEDLINE e Scielo, para a busca. Utilizou-se de descritores boleanos para refino da pesquisa entre os termos. Resultados: Foram elencadas 1474 publicações, datadas entre 2015 à 2021, potencialmente elegíveis e, após seleção por critérios de inclusão e exclusão, 14 artigos foram utilizados. Conclusão: Existe concordância entre estudos da baixa ou inexistente melhora cognitiva por usuários de metilfenidato; o início e manutenção do uso têm grande influência social, econômica e familiar. Existem relações diretas com o aumento de ansiedade e indícios de maior associação com substâncias ilícitas, aos usuários de metilfenidato, em detrimento a sintomas de depressão e aumento de estresse, que não foram relacionadas ao uso dessa substância.