Artigo

Racional: A colecistectomia representa o procedimento cirúrgico mais prevalente do aparelho digestivo derivado de casos de colelitíase, colecistite, coledocolitíase, colangite e neoplasias. Laparotomia e laparoscopia são as técnicas cirúrgicas utilizadas para a colecistectomia. Objetivo: Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes submetidos a colecistectomia laparoscópica ou laparotômica, no ano de 2017, em um hospital terciário na microrregião do Alto Vale do Itajaí, Santa Catarina, Brasil. Métodos: Estudo transversal com coleta de dados realizada por revisão de prontuários eletrônicos. Foram analisadas variáveis gerais como sexo, idade, estado nutricional, presença de comorbidades e variáveis relacionadas à doença, diagnóstico e ao tratamento. Resultados: A amostra foi composta por 225 (67,2%) mulheres e 110 (32,8%) homens, com idade média de 50,2 ± 16,9 anos. No momento da cirurgia 219 pacientes estavam com sobrepeso ou obesidade, 240 pacientes apresentavam diagnóstico pregresso de litíase biliar e 95 apresentavam outras comorbidades. Dos procedimentos, 49,85% foram eletivos e 50,15% foram de urgência. A manifestação clínica mais frequente foi a dor em hipocôndrio direito, constatada em 174 pacientes. Utilizou-se a via laparotômica em 200 cirurgias (59,70%) e a via laparoscópica em 135 (40,30%). Constatou-se 12 complicações intraoperatórias, 12 complicações pós-operatórias, 9 internações em unidade de terapia intensiva e 4 óbitos. Conclusões: Podemos inferir que os dados epidemiológicos analisados estão em consonância com os dados obtidos em outras regiões. Encontrando-se maior prevalência de colecistectomias relacionadas aos fatores de risco, sendo mais prevalente em mulheres, pessoas acima do peso e pessoas com idade avançada.