Artigo

INTRODUÇÃO: Uma opção terapêutica com resultados satisfatórios para pacientes de alto risco cardiovascular, acometidos por múltiplas lesões nas artérias coronárias, é a cirurgia de revascularização do miocárdio (CRM). MÉTODO: Trata-se de um estudo transversal, através de coleta de dados de prontuários de pacientes submetidos à CRVM, no período de janeiro de 2019 a janeiro de 2020 em um hospital terciário em uma cidade do estado de Santa Catarina, Brasil. RESULTADOS: Foram incluídos 139 pacientes, 77,7 % homens, com idade média de 61 anos. Todos os pacientes apresentavam alguma comorbidade, as principais foram hipertensão arterial sistêmica 89,9% e dislipidemia 77,7%. Utilizou-se de circulação extracorpórea em 98,6% dos procedimentos com tempo médio de 70,14 minutos. Em média, cada paciente recebeu 3,1 enxertos coronários. 66,2% tiveram complicações pós-operatórias, sendo as principais o uso de drogas vasoativas e fibrilação atrial. O tempo médio de internação pré-operatório, pós-operatório em unidade de terapia intensiva e o total foram de 6,87, 6,16 e 18,94 dias, respectivamente. A mortalidade intra-hospitalar foi de 5%, sendo preditores de mortalidade, choque e delirium. CONCLUSÃO: Os dados encontrados vêm reforçar os achados já evidenciados na literatura. Foram identificados fatores importantes relacionados ao desfecho de morte intra-hospitalar na sequência da CRVM. Esses aspectos somados permitem uma avaliação mais precisa do serviço oferecido e aperfeiçoamento na assistência, com vistas a desfechos positivos e evoluções mais satisfatórias de pacientes com doença arterial coronariana e submetido à CRVM.