Trabalho de Conclusão de Curso

A dor é uma experiência desagradável e subjetiva, relacionada a danos reais ou potenciais ao organismo, influenciada pelos aspectos físicos, emocionais e culturais dos indivíduos. O fenômeno doloroso é inerente a diversos procedimentos realizados na assistência à saúde, sendo de fundamental importância seu registro, avaliação e manejo adequado. Considerada o quinto sinal vital, a queixa de dor deve ser ouvida e valorizada pelos profissionais na prática assistencial, favorecendo o bem-estar das pessoas. Este estudo é exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa. O objetivo geral foi identificar o conhecimento da equipe de enfermagem acerca da avaliação da dor como o quinto sinal vital, tendo como objetivos específicos descrever o significado de dor na concepção da equipe de enfermagem, compreender como a equipe de enfermagem avalia a dor dos pacientes e analisar o conceito de dor aguda e crônica na visão da equipe de enfermagem. Participaram da análise de dados 18 profissionais de enfermagem, entre enfermeiros, técnicos e auxiliares de enfermagem, dos turnos matutino, vespertino e noturno do setor de Clínica Médica de um hospital de grande porte. Os dados foram avaliados através da análise de conteúdo de Bardin e correlacionados à Teoria do Processo Deliberativo, a fim de avaliar o desfecho e sua influência no contexto da Enfermagem. Diante da análise e discussão dos resultados, observou-se que os profissionais reconhecem a definição de dor e classificação das dores crônicas e agudas, entretanto, para avaliação e mensuração das queixas álgicas, conheciam apenas a Escala de Faces e a Escala Numérica de Avaliação da Dor. Todavia, este último instrumento não é recomendado para pacientes com deficiência auditiva, bem como se possuírem déficits cognitivos. Isto tornou a avaliação da dor insipiente, não mensurada adequadamente durante a prestação de assistência à saúde. É importante ressaltar que existem variados instrumentos para avaliação da dor e validados na literatura vigente. Além de reconhecerem apenas dois instrumentos mensurativos da dor, também informaram não saberem exatamente o uso correto das referidas escalas. Foi relatado que alguns profissionais raramente avaliavam e mensuravam a dor dos pacientes, mas ouviam seus relatos verbais de algia. Evidenciou-se que a dor não foi sempre registrada nos prontuários, especialmente como sinal vital. Portanto, este estudo possibilitou orientar o aprendizado dos profissionais de enfermagem para o reconhecimento da dor como o quinto sinal vital, além de avaliá-la e contribuir para o tratamento adequado às queixas álgicas dos pacientes.