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UNIDAVI e UFSC

22/04/2013


ufsc DEComM: Como apareceu a ideia de promover um seminário em conjunto? Jean Segata: desde 2004 faço parte do Grupo de Pesquisas em Ciberantropologia (GrupCiber), da UFSC, coordenado pelo Prof. Dr. Theophilos Rifiotis e desde 2011 interliguei uma série de projetos que orientava aqui na Unidavi na forma de um único núcleo de pesquisas, o Núcleo de Estudos Antropológicos da UNIDAVI (NEA-U). Já na constituição do NEA-U o GrupCiber foi parceiro e passamos a desenvolver atividades em conjunto, tanto aqui na UNIDAVI como lá na UFSC. DEComM: O que a parceria trouxe? Jean Segata: as duas instituições abriram as portas e formaram uma parceria que tem trazido bons frutos para ambas, especialmente na forma de publicações em revistas e eventos nacionais e internacionais. Nesse interim, o Seminário "Mapeando Controvérsias Contemporâneas: humanos e não-humanos na antropologia" é parte das atividades de meu pós-doutorado, desenvolvido no Programa de Pós-graduação em Antropologia Social da UFSC, com o apoio do CNPq. Ali, Prof. Rifiotis e eu desenvolvemos uma pesquisa intitulada: O Texto da Rede: a produção etnográfica a partir de uma perspectiva sociotécnica e neste semestre estamos oferecendo em conjunto uma disciplina para alunos de mestrado e doutorado, intitulada: Etnografias Sociotécnicas. DEComM: Por que Mapeando Controvérsias Contemporâneas? Jean Segata: trata-se de uma provocação. O que se quer sugerir com isso é um repovoamento da antropologia. O que chamamos de social, tradicionalmente vem ligado à ideia de humano, mas é só isso? Como poderíamos pensar nas associações entre humanos e não-humanos? Pense nos computadores, nos ciborgues, nos cães depressivos, nos buracos na Camada de Ozônio, alimentos transgênicos - enfim, pense em como não é mais possível tratar natureza e cultura como domínios ontológicos separados. A ideia é pensar o envolvimento conjunto ou as múltiplas agências e seus efeitos. Quais controvérsias elas fazem aparecer na antropologia? Que problemas elas nos trazem para a etnografia e para a teoria antropológica? DEComM: Quando e onde acontece o Seminário? Jean Segata: no dia13 de maio de 2013, a partir das 18h, no Auditório do Centro de Filosofia e Ciências Humanas - CFH da UFSC. Além das palestras, haverá o lançamento do livro "No Mesmo Galho: antropologia de coletivos de humanos e animais", do Prof. Dr. Guilherme José da Silva e Sá, da UnB. DEComM: Qual o objetivo do Seminário? Jean Segata: o Seminário ¿Mapeando Controvérsias Contemporâneas: humanos e não-humanos na Antropologia¿ tem como questão geral a ideia de que rede sociotécnica, como método, se insere numa cadeia mais ampla de discussões já provocadas pela Actor-Network Theory - ANT, que reformula muitas das proposições gerais da Sociologia ou da Antropologia. Em termos mais resumidos, o problema que nos motiva a essa reunião de pesquisadores pode ser assumido a partir de algumas questões: como repovoar a antropologia, de modo a incluir nela, em pé de igualdade, múltiplas agências (humanas e não-humanas)? Como mapear controvérsias no interior da antropologia? Como pensar/fazer a etnogra¿a a partir de uma perspectiva sociotécnica? Veja mais em: http://noticias.ufsc.br/2013/04/15/seminario-mapeando-controversias-contemporaneas-humanos-e-nao-humanos-na-antropologia/#more-80074

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