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Cesta Básica - Rio do Sul

23/05/2013


CESTA BÁSICA ALIMENTAR DE RIO DO SUL - ABRIL - 2013 

A Cesta Básica Alimentar é representada por um conjunto de 13 produtos e respectivas quantidades. Em tese, eles seriam suficientes para o sustento e bem-estar nutricional de um trabalhador em idade adulta, que recebe um salário mínimo pela jornada de 220 horas mensais. Com o objetivo de acompanhar o comportamento mensal dos preços da cesta de alimentos e analisar o poder de compra do salário mínimo na aquisição desses produtos, o Núcleo de Pesquisa Socioeconômica Regional (Nupeser), Órgão complementar ao curso de Ciências Econômicas da Unidavi, elabora o custo da Cesta Básica Alimentar de Rio do Sul. Em abril de 2013, o valor da cesta foi de R$257,43, apresentando decréscimo de -5,67% em relação ao mês de março do mesmo ano, cujo custo apurado foi de R$272,91 (ver Gráfico 1). grafico_1   Gráfico 1 - Custo da Cesta Básica Alimentar ¿ Nov/2012-Abr/2013 Fonte: Nupeser (2013). O gasto do trabalhador, na compra da cesta básica alimentar, que representava 40,25% do valor do salário mínimo, representa agora 37,97%. Portanto, o restante da renda do trabalhador, 62,03%, foi destinado a outros gastos (ver Gráfico 2). grafico_2   Gráfico 2 - Participação da Cesta Básica Alimentar no salário mínimo ¿ Abr/2013 Fonte: Nupeser (2013). quadro_1  
Quadro 1 Cesta Básica Alimentar e Salário Mínimo ¿ Mar-Abr/2013 Fonte: Nupeser (2013).
  Para adquirir a cesta básica alimentar, em abril de 2013, foram necessárias 83 horas e 32 minutos de trabalho, enquanto, no mês de março de 2013, 88 horas e 33 minutos. Em termos práticos: no mês de abril se trabalhou 5 horas e 1 minuto a menos para se adquirir a cesta básica em relação a março. O Quadro 2 apresenta todos os produtos constituintes da cesta básica, o preço dos produtos multiplicados pela quantidade mensal utilizada no cálculo global da cesta, bem como a variação percentual com relação ao mês anterior. quadro_2  
Quadro 2 - Produtos da Cesta Básica Alimentar ¿ Mar-Abr/2013 Fonte: Nupeser (2013). * Os produtos selecionados representam uma cesta de alimentos que contém as calorias e os nutrientes necessários para um trabalhador, em idade adulta, sobreviver. ** As quantidades se referem ao consumo mensal de um trabalhador em idade adulta.
A proporção do preço de cada produto no custo da cesta básica alimentar é apresentada em porcentagem no Gráfico 3. Os produtos que tiveram maior participação relativa sobre o custo da cesta são: carne, com 35,02%; pão, com 15,69%; tomate, com 11,23%; e banana, com 7,49%. Cabe lembrar que, com exceção da banana, estes são os produtos que têm maior participação relativa na cesta básica desde o mês de agosto de 2009. grafico_3   Gráfico 3 Participação dos produtos no custo da Cesta Básica Alimentar ¿ Abr/2013 Fonte: Nupeser (2013). Em síntese: entre março e abril de 2013 a cesta básica alimentar em Rio do Sul reduziu os preços em -5,67%, conforme dados apresentados no Gráfico 1. Após aumentos sucessivos nos meses de janeiro, fevereiro e março,  em abril o custo total sofreu redução; é o menor custo total observado em 2013. Com relação aos produtos que compõem a cesta básica, cabe destacar alguns que sofreram variações relativas superiores aos demais. Redução: tomate, com variação de -38,69% e óleo de soja -11,68%. Aumento: margarina, com variação de +43,39%. Contudo, devido a alteração no quadro dos preços dos produtos que compõem a cesta básica, a participação relativa dos produtos no custo total se alterou. Carne ainda é o produto que possui maior participação, representando 35,02% do custo total em abril. Em seguida aparece o pão, com participação de 15,69% e logo após, o tomate, com 11,23%. Estes dois últimos produtos tiveram a ordem alterada no mês de abril.

 Centro Universitário para o Desenvolvimento do Alto Vale do Itajaí

Curso de Ciências Econômicas

Núcleo de Pesquisa Socioeconômica Regional - Nupeser

Coordenação: Prof.ª Tatiane Viega Vargas

E-mail: tatiane@unidavi.edu.br

Pesquisa de preços realizada pelos acadêmicos da 7ª fase do curso de Ciências Econômicas

CENÁRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO DE ABRIL

QUADRO1

Brasil ¿ Banco Central sobe juros com cautela de maneira especialmente vigilante. O Banco Central iniciou um ciclo de alta na Taxa Selic e optou por uma elevação de 0,25 pontos base. A decisão surpreendeu o Mercado de Renda Fixa, que já estava posicionado para uma alta de 0,50 pontos. Houve surpresa também no fato de que a elevação não foi unânime ¿ tiveram dois votos por manutenção ¿ e o comunicado que acompanhou a decisão não fez qualquer menção a um ciclo mais arrojado nos juros. Após a divulgação da ata, a leitura do mercado continuou a mesma: pouco apetite por parte da instituição de realizar um ajuste de juros mais significativo. A economia se engatou em uma tendência de recuperação, porém as estatísticas continuam a corroborar que o contexto da recuperação segue frágil e errático, assim, atrapalha o despertar do ¿espírito animal¿ e a deixa com tração pouco suficiente para colocar o País no trilho de uma retomada mais sustentável. Na dinâmica de preços, a inflação continua a mostrar alguma resistência em patamares elevados, apesar de alguns indícios já se mostrarem mais favoráveis. Nesse contexto, mantem-se o cenário central que contempla mais três altas de 0,25 pontos percentuais na Selic, em linha com a sinalização de ¿cautela¿ exposta nos comunicados mais recentes do Comitê, levando-a a 8,25% no final do ano. Tendo em vista a fragilidade da recuperação econômica, principalmente na dinâmica industrial, aliada as elevadas incertezas no ambiente externo, o cenário de menor elevação na Selic não pode ser descartado. Existe uma forte preocupação do Governo em promover uma recuperação econômica neste e no próximo ano como pleito eleitoral. Tal fato pode impor uma barreira para os próximos passos da política monetária. Neste sentido, acredita-se que o contexto inflacionário deverá permanecer em curso e beneficiar o comportamento dos ativos que se aproveitam de momentos de expectativas de inflação desancoradas. QUADRO2 grafico1 QUADRO3

grafico2

A Taxa Selic é divulgada pelo Comitê de Política Monetária (Copom) e tem vital importância na economia, pois as taxas de juros cobradas pelo mercado são balizadas pela mesma. Na tabela abaixo um comparativo com os principais investimentos realizados no mês de Abril. QUADRO4 *CDB da Caixa Econômica Federal ¿ 100% do CDI. **LCI do Banco Máxima ¿ 101% do CDI (Aplicação isenta de IR) grafico3 Os valores nominais são caracterizados como sendo o recebido pela aplicação sem descontos. Já o valor real é o nominal descontando a inflação do período e IR. Desta forma, o investimento com melhor retorno no mês de abril foi o do Tesouro Nacional, que apresentou rentabilidade real de 0,16 % a.m.

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