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Assembleia da Abruc
05/05/2017
Reunião foi entre 52
instituições comunitárias de educação superior em Brasília
Em busca de fortalecimento e de maior participação
na dinâmica social, representantes das instituições comunitárias de educação
superior se reuniram em Brasília, nos últimos dias 3 e 4, para participar da
34ª Assembleia Geral Ordinária da Associação Brasileira das Universidades
Comunitárias (Abruc). Durante o evento, foi entregue o planejamento estratégico
para os próximos cinco anos e instalada a Frente Parlamentar pela valorização
da Educação Comunitária, que contou com as presenças de Parlamentares do Senado
e da Câmara Federal.
Um dos focos importantes é fortalecer o segmento, do ponto de vista interno e
do ponto de vista externo. Este é um segmento que se diferencia do privado, mas
que, muitas vezes, ainda é visto como privado, disse o presidente da Abruc e
reitor da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), Pedro Rubens.
Universidades, Centros ou Faculdades comunitárias são instituições de educação
superior mantidas por uma associação ou fundação sem fins lucrativos. Nelas, o
estudante, além de receber o conhecimento científico e atuar em pesquisas,
dedica parte do tempo a partilhar o que foi aprendido no local onde vive.
São exemplos as universidades confessonais evangélicas ou católicas, e as
laicas. Desde 2013, está em vigor a lei que permite a elas receber recursos
públicos para as atividades, participar de editais de repasse de verbas para
pesquisa e extensão e angariar fundos para manutenção de hospitais e outras
instalações que administrem. Como contrapartida, prestam serviços gratuitos à
população. Essas ações são desenvolvidas por alunos, professores e
pesquisadores.
Nós realizamos muitos atendimentos no Sistema Único de Saúde (SUS) e na Rede
de Assistência Social (SUAS). São meios de devolvermos o benefício concedido. A
média é que, para cada R$ 1 concedido a uma entidade comunitária, o benefício
alcançado [pela sociedade] corresponda a R$ 6, comentou o secretário-executivo
da Abruc, José Carlos Aguilera.
Para além das áreas de saúde e assistência social, o encontro da Abruc debateu
uma maior participação das instituições comunitárias no incremento à formação
de professores para a rede pública brasileira. "Nós tivemos a participação de
representantes do MEC, que acentuaram a importância do diálogo com o segmento
comunitário no sentido de formar e capacitar novos professores da rede pública
por parcerias no âmbito das licenciaturas. É uma possibilidade e as
instituições se sentem motivadas na relação com o MEC, tanto no diálogo e
também em parcerias", acrescentou.
O secretário de Educação Superior do Ministério da Educação, Paulo Barone,
observa que a Abruc representa tradicionais instituições de educação superior
brasileiras. "Ao lado das universidade públicas, são algumas das formadoras de
professores para a educação básica, o que significa um grande aporte para as
políticas de educação básica do país", destacou.
Na visão do secretário de Regulação e Supervisão da Educação Superior do MEC,
Henrique Sartori, a participação do MEC no evento "demonstra não só um
gesto de proximidade com as associações, mas um sinal de reciprocidade em
relação aos pleitos que essas entidades apresentam."
A construção do planejamento estratégico do setor teve a consultoria dos
economistas Tânia Bacelar e Valdeci Monteiro. Também durante o encontro, foi
debatida a busca por novos acordos junto a segmentos privados voltados ao
fomento e ao conhecimento. "Estamos estudando criar acordos para linhas de
financiamento estudantil sem juros tão altos quanto os do mercado", afirmou o
Reitor Pedro Rubens, ao destacar a quantidade de instituições comunitárias
existentes e a credibilidade que têm.
Assessoria de Comunicação Social - MEC